Analisar os significados desenvolvidos por profissionais de Consultórios na Rua da Cidade do Rio de Janeiro sobre o consumo de crack por mulheres foi o objetivo da dissertação do aluno de mestrado em Saúde Pública da ENSP, Gilney Costa Santos. Ele explicou que, para os profissionais das equipes de Consultórios na Rua sobre o crack, essas definições são atravessadas por mitos, crenças e estereótipos, por vezes, ancorados na percepção empírica. “O uso de crack mobiliza o imaginário social e, em torno dele, discursos, práticas e políticas são socialmente produzidos e compartilhados. Embora, nem sempre consensuais, tais produções conformam identidades e lugares sociais aos sujeitos.” Em relação à rede de atenção psicossocial, a pesquisa aponta que os serviços mostram-se insuficientes frente à complexidade que demanda o cuidado à saúde de usuários de álcool e outras drogas. No caso das mulheres que consomem o crack, quando não ficam invisíveis diante das políticas públicas de enfrentamento ao uso de crack, são reduzidas à esfera reprodutiva. SAIBA MAIS