A contribuição do campo das ciências humanas para o combate à zika foi o tema de um seminário na Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz) que reuniu cientistas de instituições internacionais no último dia 30 de março. Esse foi o primeiro encontro dos pesquisadores da área de ciências sociais doZIKAlliance, um consórcio multinacional e multidisciplinar que reúne dezenas de parceiros pelo mundo coordenado pelo INSERM, o instituto nacional francês de saúde e pesquisa médica. Nísia Trindade Lima, presidente da Fiocruz e coordenadora do Grupo de Pesquisa em Ciências Sociais do ZIKAlliance, disse que é um desafio importante trabalhar com os aspectos humanos e sociais diante de uma epidemia cujos esforços se voltam principalmente para o diagnóstico, o tratamento e um grande foco no mosquito. “Não se trata de uma guerra de um mosquito contra a humanidade, e sim de processos sociais que explicam essa proliferação. Mas o fato é que na mídia e no imaginário essa associação com o mosquito é a mais forte e muitas vezes dificulta o olhar para outras causas”, ressaltou. SAIBA MAIS