quero clamar pelo direito de me defender da ditadura!
O regime que querem implantar no Estado brasileiro
nessa democracia fajuta submetida ao capital financeiro.
A elite que manipula a mídia, também domina a farsa política
e um sujeito desorganizado não consegue calar sua crítica.
Quando a coisa pega, se tem de achar um meio de escorregar
saltar de lado – capoeira – trabalhar pra própria renda GERAR.
Reivindicar seu direito, como na tal “Declaração”!
Ir além da dita carta e chegar a dominar os passos no chão
no lugar onde pisa, construir o rumo do melhor caminho
porque a gente vem se unindo, da esquina da rua ao ninho.
Nessa sociedade desigual é preciso que os excluídos se organizem.
Se respeitando e se colocando com os modos que vivem!
Articulando-se em Rede, com afetividade e Paciência!
Nas Iniciativas solidárias com a Força da Resistência!
Ligados nos limites comuns e pulando as cercas impostas.
Resistir àqueles que comandam serviços e dão as costas!
Resistir aos retrocessos que propagam proibições e manicômios!
Buscar libertar-se dos confortos desses acomodados demônios.
Organizar-se em coletivos pra fazer valer o poder da sua voz.
Montar estratégias precisas pra enfrentar e vencer o algoz.
SOMOS NÓS QUE CONQUISTAMOS – NA PRÁTICA – TODOS NOSSOS DIREITOS!
NÓS QUE VIVEMOS AS NECESSIDADES, ONDE TEMOS DE DAR O NOSSO JEITO!
PORTANTO, VAMOS NOS JUNTAR – NOS REUNIR – E TRAÇAR PLANOS DE LUTA!
DIREITOS HUMANOS SÃO MAIS QUE CONCEITOS – NA REAL, VÊM DA LABUTA!
*Sérgio Pinho é poeta e militante da Luta Antimanicomial.
- Este texto foi escrito e lido por Sérgio como sistematização da palestra sobre "Direitos Humanos e Inclusão Social", proferida por Ludmila Cerqueira Correia na Casa Gerar, em Salvador-BA, no dia 29 de janeiro de 2019.