O Departamento de Saneamento e Saúde Ambiental (DSSA/ENSP) recebeu, no dia 26/10, a professora Maria do Céu Rodrigues Sousa, especialista em Microbiologia e Parasitologia da Universidade de Coimbra, para falar sobre Doenças Negligenciadas: impacto das protozoonoses na Saúde Pública. Em sua palestra, ela adiantou que, em breve, será publicado estudo confirmando que a população do Rio de Janeiro tem uma alta frequência de parasitas intestinais. "É importante notar que essas espécies têm a mesma via de transmissão, indicando exposição à contaminação fecal. A frequência desses parasitas adicionados à alta frequência de poliparasitismo pode ser usado como indicadores de transmissão através da via fecal/oral, apontando assim para transmissão de parasitas intestinais através do fornecimento de água para consumo humano ou a ingestão de alimentos contaminados." A pesquisa destaca que a distribuição de água geralmente tem problemas inerentes às características do uso e ocupação do solo urbano na região metropolitana do RJ, especialmente nos municípios e bairros com maiores níveis de desigualdade social e econômica. Nessas áreas, a falta de acesso a serviços de coleta e tratamento de esgoto leva à contaminação da rede de abastecimento de água através de ligações cruzadas e zonas de baixa pressão, levando à entrada de águas residuais e pluviais no sistema. A situação é agravada em bairros e favelas localizadas em áreas mais altas, onde a pressão na rede é insuficiente para manter um fluxo constante de água. O debate foi coordenado pelos pesquisadores Clementina dos Santos Feltman e Marcelo Bessa. SAIBA MAIS