terça-feira, 21 de maio de 2013

Lançamento da Política de Saúde Mental do Município de São Paulo


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11 mil profissionais da Secretaria Municipal de Saúde serão qualificados para atender os dependentes químicos
No dia 29 de abril, no auditório do Centro Universitário São Camilo – Campus Ipiranga, ocorreu o lançamento da Política de Saúde Mental do Município de São Paulo, que tem como proposta a redução de danos para a atenção ao uso abusivo e a dependência de substâncias psicoativas, em especial o crack.

Esta política, que está baseada nos princípios da integralidade da saúde e na equidade do SUS, tem como principal desafio consolidar a Política de Saúde Mental no município efetivando a mudança do modelo que historicamente era baseado na internação hospitalar, para o modelo de base territorial, em que se valoriza a manutenção dos vínculos sociais e familiares, a reinserção social e o resgate da cidadania.

Para tal, várias estratégias serão realizadas, como o fortalecimento das ações intersecretariais de prevenção e promoção, a implantação da Política de Educação Permanente da área de Saúde Mental para os trabalhadores da SMS, a implementação de equipes de Consultório na Rua e multiprofissionais, o Curso de Qualificação Profissional para Agentes Comunitários de Saúde, a ampliação do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS) para tratamento ambulatorial dos dependentes e seus familiares, entre outras.

Na mesa de abertura estavam presentes o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, a professora associada, livre docente do Departamento de Ortodontia e Odontopediatria da USP, Ana Estela Haddad, o secretário da Secretaria Municipal de Saúde, José de Filippi Junior e a coordenadora da Coordenação de Saúde Mental, Myres Maria Cavalcanti. Depois, o professor livre-docente da UNIFESP, Dartiu Xavier da Silveira Filho, trouxe uma reflexão sobre os rótulos dados pela sociedade aos doentes mentais e aos usuários de drogas.

Em entrevista coletiva, Fernando Haddad mencionou que será montado um CAPS na rua Helvétia, exatamente onde fica a maior concentração dos dependentes químicos. “Eu acho importante que a presença física do Estado seja feita de uma forma mais efetiva, que a gente esteja disputando aquele espaço e ampliando a cidadania, demonstrando para aquele dependente químico que ali ao lado há chances dele se recuperar”.

Também em entrevista coletiva, o secretário José de Filippi Junior enfatizou a capacitação e a preparação que será dada aos profissionais de saúde para a implementação desta política pública. “Nós contamos com o repasse do Ministério da Saúde para qualificar ao todo 11 mil profissionais da Secretaria Municipal de Saúde, dentre psicólogos, enfermeiros, psiquiatras, assistentes sociais, gerentes de CAPS, para integrar estes profissionais em uma rede municipal de assistência e também para estarem preparados para abordar os dependentes em cada situação”.

Para Ana Estela Haddad, o mais importante do lançamento desta política de capacitação e educação dos profissionais de saúde mental é a incorporação no processo de trabalho da equipe os princípios da educação permanente de ação, reflexão e aperfeiçoamento desse processo para que se avance na consolidação da rede de atenção à saúde mental.

Em sua apresentação, Myres Cavalcanti destacou ainda que a primeira etapa do programa de capacitação tem como meta treinar 650 agentes comunitários e 260 enfermeiros. Os cursos ocorrerão por meio dos módulos de educação à distância na Escola Municipal de Saúde e nas seis Escolas Regionalizadas.