segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Estudo associa segregação a hipertensão e diabetes


Uma pesquisa inédita realizada pela Fiocruz e mais cinco centros de pesquisa do país revela que indivíduos que moram em vizinhanças mais segregadas economicamente - locais com maior concentração de responsáveis pelo domicílio com renda menor do que 3 salários mínimos -  têm 26% mais chance de apresentarem hipertensão e 50% mais de desenvolverem diabetes, comparados a pessoas que residem em áreas menos segregadas. O estudo foi publicado na edição de agosto da Social Science & Medicine, uma das mais respeitadas revistas científicas do mundo.   SAIBA MAIS

domingo, 29 de outubro de 2017

Entrevista: 'Uma reação só vai acontecer se a base estiver ruindo'


Tatiana Wargas, pesquisadora da ENSP e membro do Grupo de Condução da RedEscola, fala sobre o papel dos Executivo, do Legislativo e do Judiciário na saúde brasileira. SAIBA MAIS

sábado, 28 de outubro de 2017

Feminicídio: 'O que não se nomeia, não se discute', destaca juíza em palestra


A violência contra a mulher e o feminicídio têm raízes sociais e funcionam como uma mensagem às demais mulheres que confrontam a ideia de subordinação, destacou a juíza Adriana Mello, titular do 1º Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ), durante a palestra Feminicídio - Uma análise sociojurídica da violência contra a mulher, que aconteceu na ENSP, em 18 de setembro. Realizado em parceria com o Departamento de Direitos Humanos, Saúde e Diversidade Cultural da Escola Nacional de Saúde Pública (Dihs/ENSP/Fiocruz), o evento da série Futuros do Brasil, do Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz, foi mediado pela coordenadora do Dihs/ENSP, Maria Helena Barros. Ponto culminante da violência contra a mulher, o feminicídio deriva principalmente da assimetria de poder nas relações domésticas, explicou Adriana. "Muitas vezes, tentativas da mulher no sentido de romper com uma relação de poder desigual desencadeiam a violência, visto que o homem atua para punir e corrigir o comportamento feminino, conduzindo a mulher de volta ao lugar de subordinação historicamente estabelecido para ela", observou, destacando a diferença entre o feminicídio e outros tipos de assassinatos de mulheres.  SAIBA MAIS

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

'Transição da saúde no Brasil' é tema de artigo do Cadernos de Saúde Pública


A transição epidemiológica, conceito relativo à complexa mudança nos padrões de saúde e doença, que baseia-se na ideia de que as doenças degenerativas e as chamadas "provocadas pelo homem" substituíram as doenças infecciosas como principais causas de morbidade e mortalidade, não seguiu no Brasil o padrão linear e unidirecional observado em muitos países desenvolvidos, exigindo um quadro mais amplo para entender a transição da saúde no país, com especial atenção para as desigualdades sociais e regionais. A conclusão é de um estudo desenvolvido pelo pesquisador Gabriel Mendes Borges, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Brasil; e da Universidade da California, EUA. "O declínio da mortalidade infantil tem sido, historicamente, o principal motor das mudanças na expectativa de vida, contribuindo em grande parte para explicar as variações regionais na mortalidade. Esse declínio refere-se, primeiro, a doenças infecciosas e parasitárias e, em seguida, às de causas associadas ao período perinatal." SAIBA MAIS

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Acolhimento da população trans* na perspectiva da Saúde Pública no Brasil com foco na Atenção Básica.

A Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), aprovada e publicada em 2006 (Brasil, 2006), é fundamentada nos princípios assistenciais e organizativos do Sistema Único de Saúde (SUS): universalidade, integralidade e equidade, em um contexto de descentralização e controle social da gestão.
Tendo como base tais princípios assegurados, diversas lideranças LGBT e movimentos sociais organizados, através de muita pressão ao governo, ao longo do tempo, conseguiram com que o Ministério da Saúde apresentasse a Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT) para ser implementada no SUS. Sua formulação seguiu as diretrizes de Governo expressas no Programa Brasil sem Homofobia, que foi coordenado pela Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH/PR) e que atualmente compõe o Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH 3). Leia mais

#Pelavidadasmulheres: 'Radis' de outubro expõe as marcas da violência contra a mulher


2ª Conferência Nacional de Saúde das Mulheres, realizada em agosto de 2017, reuniu cerca de 1.800 participantes e discutiu temas como a legalização do aborto, o desmonte da saúde pública, as diferentes formas de opressão, assédio e violência contra as mulheres e o feminicídio - crime que custa a vida de uma mulher a cada duas horas no país. O evento, tema da reportagem de capa da Revista Radis 181 (outubro 2017), também recebeu destaque no editorial da publicação. "Há desigualdade entre homens e mulheres. Mas há, ainda, mais discriminação e invisibilidade caso elas sejam pobres, negras, indígenas, lésbicas, trans ou de baixa escolaridade, por exemplo", afirma o texto. A Radis n.181 apresenta reportagens sobre o projeto "Refugiados de Belo Monte", o documentário "Eu + 1: uma jornada de saúde mental na Amazônia", a ameaça de extinção da Renca e os destaques da semana comemorativa de aniversário de 63 anos da ENSP. Acesse a publicação.   SAIBA MAIS

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Conhecimento em saúde contra a perda de direitos


A relevância da produção de conhecimento em saúde em um contexto de perda de direitos esteve em destaque no lançamento da edição temática Saúde, Trabalho e Ambiente, da revista Saúde em Debate, editada pelo Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes). A publicação, lançada em 24 de julho, na Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz), assim como o evento, resultou de parceria entre o Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da ENSP, o Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz (CEE-Fiocruz) e o Cebes. "Existe relevância em produzir conhecimento nessa área de saúde, trabalho e meio ambiente, pois estamos vivendo uma conjuntura de desmonte de direitos sociais e direitos dos trabalhadores", observou Cristiani Vieira Machado, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da ENSP, apontando que a produção acadêmica não está dissociada da intervenção na realidade do sistema de saúde.  SAIBA MAIS

Assédio moral: quando o trabalho mata e adoece


O Curso de Especialização em Saúde do Trabalhador do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh/ENSP) recebeu, na terça-feira, 25 de julho, a professora Terezinha Martins para uma aula aberta sobre "Os ataques à saúde mental de quem trabalha: o assédio moral". Doutora em psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Terezinha é integrante do Departamento de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). SAIBA MAIS

aula aberta debate suicídio, psicanálise e saúde pública


A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a International Association for Suicide Prevention (Iaps) instituíram 10 de setembro como o Dia Mundial para Prevenção do Suicídio. Em 2015, o Centro de Valorização da Vida (CVV) iniciou a campanha Setembro Amarelo de conscientização sobre a prevenção do suicídio, com o objetivo direto de alertar a população a respeito da realidade do suicídio no Brasil e no mundo, além de suas formas de prevenção. Segundo a OMS, o suicídio é um grande problema de saúde pública, e cerca de 75% dos casos ocorrem em países de baixa e média renda. Em 2014, o Brasil era o oitavo país, nas Américas, em número de suicídios. Para debater a relação entre suicídio, psicanálise e saúde pública, o Curso de Atualização em Fundamentos da Experiência Psicanalítica, desenvolvido pelo Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh/ENSP), promoveu a aula aberta A morte pode esperar: suicídio, psicanálise e saúde pública. A atividade contou com a apresentação da coordenadora do Núcleo de Estudo e Prevenção do Suicídio, Soraya Carvalho. Confira, no Canal da ENSP, no Youtube, a palestra na íntegra.  SAIBA MAIS

Suplemento do Cadernos de Saúde Pública reúne desafios e experiências na política de controle do tabaco


Nesta sexta-feira (6/10), o Centro de Estudos sobre Tabaco e Saúde (ENSP/Fiocruz) lança, com apoio da American Cancer Society e do Programa Inova-ENSP, o suplemento "A Política de Controle do Tabaco no Brasil: Avanços e Desafios", do Cadernos de Saúde Pública (vol 33. Sup3). A publicação especial traz 18 artigos, inéditos, de autores nacionais e internacionais, sobre os avanços das políticas de controle do tabagismo após a ratificação da Convenção-Quadro para o controle do Tabaco da Organização Mundial da Saúde, em 2005, e os obstáculos criados pela interferência da cadeia produtiva controlada por empresas transnacionais. O tabagismo é uma das principais causas evitáveis de mortes precoces e de desigualdade em saúde no mundo, e, no Brasil, estima-se que 156.200 pessoas morram a cada ano devido a doenças associadas ao fumo. O lançamento está marcado para as 9 horas, no auditório da Fiotec. SAIBA MAIS

Necessidades em saúde e sua utilização na elaboração de políticas públicas: tema de pesquisa da ENSP


Em todo o mundo, independentemente das características e operação cotidiana do sistema de saúde, a alocação de recursos desempenha papel central no processo de elaboração de políticas e ações voltadas para atender às necessidades de saúde das populações. Na medida em que os recursos públicos são finitos, suscitam-se questões éticas sobre a forma como esses recursos devem ser alocados. Nesse contexto, de acordo com a pesquisa do aluno de mestrado em Saúde Pública da ENSP, Joyker Peçanha Gomes, orientada pelos pesquisadores Francisco Inácio Pinkusfeld Monteiro Bastos, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), e Iuri da Costa Leite, da ENSP, a noção de necessidade em saúde tem sido frequentemente usada para justificar as decisões distributivas. Porém, atenta Joyker, sendo a necessidade em saúde a base, ao menos hipotética, desse processo, torna-se crucial que seu conceito seja precisamente definido.  SAIBA MAIS

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

'Perfil dos gestores das Unidades Básicas de Saúde' é tema de pesquisa da ENSP


O desenvolvimento gerencial do estado brasileiro é marcado por reformas, entre elas, está a administrativa implantada após a década de 1980, que prometeu ênfase na eficácia, eficiência e resultado dos serviços, e utilizou como estratégia a descentralização. O sistema de saúde brasileiro, desde a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), por exemplo, sofreu um processo de descentralização dos serviços de saúde dos municípios, que assumiram, em sua grande maioria, os serviços de Atenção Básica, e passaram a necessitar da atuação de um número progressivamente maior de gestores de saúde em seus quadros. Diante da complexidade dessa prática, a aluna de doutorado em Saúde Pública, Flávia Henrique, desenvolveu sua tese, orientada pela pesquisadora da ENSP, Elizabeth Artmam. O objetivo do estudo foi analisar o perfil e as competências gerais e específicas dos gestores de Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do município de Criciúma, em Santa Catarina. SAIBA MAIS

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Controle do tabaco é tema de mesa-redonda no X Congresso Brasileiro de Epidemiologia


"O Brasil estabeleceu uma política fantástica no embargo a aditivos de tabaco. Agora é inovar para diminuir a prevalência". A fala do pesquisador estadunidense Jeffrey Drope abriu a mesa-redonda Controle do tabaco: novos desafios para o século 21, presente na programação do X Congresso Brasileiro de Epidemiologia, promovido pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco). A discussão seguiu por três temáticas: política econômica e o controle do tabaco no mundo e no Brasil; cigarros eletrônicos e novos dispositivos: uma ameaça ou uma oportunidade para o controle do tabagismo?; e propaganda indireta de tabaco e imagens em programas de TV aberta, visando o controle do tabaco no contexto mundial e brasileiro como problema de Saúde Pública. A mediadora do debate foi Ana Luiza de Lima Curi Hallal, professora do Departamento de Saúde Pública da UFSC (SPB/UFSC).   SAIBA MAIS

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

HUCITEC Editora fortalece sua parceria com a APSP


APSP_15.jpg
Regional da Região Metropolitana de São Paulo

Sempre presentes nos Congressos da APSP em suas edições anuais, a HUCITEC, continua prestigiando os Congressos Regionais da APSP.
Após nossas recentes participações em Ribeirão Preto e Botucatu, agora chegou a vez da Região Metropolitana de São Paulo.
               Levaremos os livros da  coleção Saúde em Debate, dirigida por Gastão Wagner de S. Campos, José Ruben de A. Bonfim, Maria Cecília de S. Minayo, Marco Akerman e Yara M. de Carvalho.
               Também teremos títulos novos e reedições da coleção SaúdeLoucura, esta notavelmente dirigida pelo saudoso Antonio Lancetti.
               Tudo acontecerá, de 12 a 14 de outubro, na Faculdade de Saúde Pública - FSP da USP, na Faculdade de Medicina e na Escola de Enfermagem.
               Estaremos com o nosso estande montado no saguão de entrada da na Faculdade de Saúde Pública – FSP da USP, na Av. Dr. Arnaldo, 715.
                Visite nosso estande e conheça os livros à venda no congresso. Serão mais de uma centena de títulos, todos pertinentes aos assuntos debatidos durante o evento. Venha conferir.
               
                Lá você poderá adquirir publicações como por exemplo:
Relação em ordem alfabética de autores(as)-
·         Akerman, Marco & Lorena, Allan Gomes Uma ou Várias? IdentidadeS para o Sanitarista!

Vivemos tempos terríveis: carta à comunidade da Saúde Coletiva


Esta semana, o reitor afastado da Universidade Federal de Santa Catarina, professor de direito Luiz Carlos Cancellier se matou. Em sua nota de despedida da vida disse: "Minha morte foi decretada no dia do meu afastamento da universidade". Não foi um simples afastamento, mas uma política deliberada de intimidação, de achacamento, de decretar a culpa antes do julgamento, de linchamento midiático.    SAIBA MAIS

ENSP se posiciona sobre restrição imposta a atuação da enfermagem na AB


A Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz), como instituição formadora de profissionais para o Sistema Único de Saúde (SUS), manifesta extrema preocupação com a recente liminar que suspende parcialmente a Portaria nº 2.488 de 2011, limitando o exercício pleno do trabalho de enfermeiros na Atenção Básica. As atribuições da categoria de enfermagem, descritas nesta Portaria, são essenciais para efetivação da Estratégia Saúde da Família (ESF). Isto poderá trazer riscos ao modelo da ESF, desorganizando o cuidado oferecido a população que certamente será a maior prejudicada com estas mudanças. A atenção à saúde deve ser sempre multiprofissional e longitudinal e, desde a década de 90, os protocolos da atenção básica orientam a prática assistencial pautada pela ação conjunta entre as diversas profissões. SAIBA MAIS

'Cadernos de Saúde Pública' questiona a lista de medicamentos do SUS


A revista Cadernos de Saúde Pública (volume 33 número 9), disponível on-line, destaca os medicamentos essenciais no Sistema Único de Saúde, cujo editorial assinado pela pesquisadora da ENSP, Claudia Garcia Serpa Osorio-de-Castro, questiona que fármacos de fato são incluídos na lista estratégica para o SUS. "Aqueles que atendem a prioridades sanitárias? Ou que deveriam ser incorporados e listados em futuras Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAMEs)? Os que estão no horizonte tecnológico? Aqueles que são comprados pelo SUS, mas não incorporados? Os mais caros ou mais judicializados? Aqueles sem consenso quanto à relevância no atendimento a prioridades sanitárias, ou quanto a evidências de efetividade e de custo-efetividade na perspectiva do SUS, mas que despertam o interesse do setor produtivo? Que fatores movem incorporação, inclusão na RENAME e inclusão em lista estratégica para o SUS?" Para a pesquisadora, essas perguntas expõem evidentes e repetidas incoerências, que vão ao encontro do proposto na Política Nacional de Medicamentos do Brasil (PNM). Segundo ela, há características que ajudam a "política", agregado formal de intenções por parte do governo/Estado, a ultrapassar o mero “casuísmo” e se conformar em Política "com P maiúsculo": a continuidade e a coerência interna dos diversos planos/programas/ações, ao longo do tempo. "Temos nos perguntado a todo momento, diante da crise que se estabeleceu no país, para onde vai o SUS? O futuro pode nos reservar outras surpresas, mas é possível já vislumbrar, em ações e em políticas setoriais, como é o caso da PNM, um rumo nebuloso para os medicamentos essenciais", conclui o editorial. SAIBA MAIS