sábado, 28 de outubro de 2017

Feminicídio: 'O que não se nomeia, não se discute', destaca juíza em palestra


A violência contra a mulher e o feminicídio têm raízes sociais e funcionam como uma mensagem às demais mulheres que confrontam a ideia de subordinação, destacou a juíza Adriana Mello, titular do 1º Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ), durante a palestra Feminicídio - Uma análise sociojurídica da violência contra a mulher, que aconteceu na ENSP, em 18 de setembro. Realizado em parceria com o Departamento de Direitos Humanos, Saúde e Diversidade Cultural da Escola Nacional de Saúde Pública (Dihs/ENSP/Fiocruz), o evento da série Futuros do Brasil, do Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz, foi mediado pela coordenadora do Dihs/ENSP, Maria Helena Barros. Ponto culminante da violência contra a mulher, o feminicídio deriva principalmente da assimetria de poder nas relações domésticas, explicou Adriana. "Muitas vezes, tentativas da mulher no sentido de romper com uma relação de poder desigual desencadeiam a violência, visto que o homem atua para punir e corrigir o comportamento feminino, conduzindo a mulher de volta ao lugar de subordinação historicamente estabelecido para ela", observou, destacando a diferença entre o feminicídio e outros tipos de assassinatos de mulheres.  SAIBA MAIS