terça-feira, 29 de novembro de 2016

'Violência no namoro deve entrar na pauta da saúde pública'


Apesar de passar despercebida entre jovens brasileiros, a violência no namoro pode ter papel importante na prevenção das violências de gênero e doméstica nas relações adultas. O tema, debatido no Centro de Estudos da ENSP (21/11), uniu pesquisadores brasileiros e mexicanos para expressar a universalidade do assunto e as diferentes formas pelas quais as violências física e emocional se manifestam entre jovens dos dois países. No México, com base numa amostra de 742 estudantes (56% de mulheres; 44% de homens), com idade predominante entre 15 e 18 anos, de Guadalajara, 32,5% confessaram ter participado de uma relação violenta. As mulheres foram maioria, 34,9%, contra 29,4% de homens. A violência intrafamiliar foi determinante para a ocorrência desses casos. "O caminho para uma relação violenta é curto. Você não percebe que tem namorado(a) violento(a) e vai naturalizando. Sob outra perspectiva, também é muito difícil os homens assumirem que são maltratados, sobretudo quando se trata da violência sexual. Essas posições contribuem para a invisibilidade desse fenômeno", reconhece a pesquisadora mexicana Maria Guadalupe Vegas Lopez. SAIBA MAIS