quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Atualização de chikungunya e Plano de Contingência MS

A Chikungunya (CHIK) é uma doença emergente transmitida por vetores, Aedes aegypti e Aedes albopictus, causada pelo vírus Chikungunya (CHIKV). O termo Chikungunya, que significa “aqueles que se dobram”, tem origem na Tanzânia. Este termo faz referência à aparência encurvada dos pacientes em decorrência das fortes dores musculares e articulares. Embora a Febre de Chikungunya não seja uma doença de alta letalidade, tem elevada taxa de morbidade associada à artralgia persistente, que pode levar à incapacidade e, consequentemente, redução da produtividade e da qualidade de vida.
O vírus circula em alguns países da África, Ásia, Europa, Oceania e desde dezembro de 2013, a Febre do Chikungunya chegou às ilhas do Caribe e posteriormente à América Central , do Norte e do Sul.
No Brasil, até 15/10/2014, foram notificados 337 casos, sendo  38 importados, de munícipes que viajaram para países com transmissão da doença, como Republica Dominicana, Haiti, Venezuela, Ilhas do Caribe e Guiana Francesa. Outros 299 casos são autóctones, sendo 17 no município de Oiapoque (AP), 274 no município de Feira de Santana (BA), 7 em Riachão do Jacuípe (BA) e 1 em Matozinhos (MG).

Nos serviços de saúde do Município de São Paulo (até 17/10/2014), foram atendidos  31 casos suspeitos :

Foram confirmados 5 casos de Febre da Chikungunya em residentes no nosso município e os locais prováveis de infecção foram: 3 na República Domicana, 1 na Venezuela e 1 em El Salvador. Todos os casos foram investigados e realizadas as medidas de controle do vetor indicadas( bloqueio de criadouros e nebulização). Não foram encontrados casos secundários.

Principais sinais e sintomas: Febre acima de 38,5 graus, de início repentino, e dores intensas nas articulações de pés e mãos - dedos, tornozelos e pulsos. Pode ocorrer também cefaléia(dor de cabeça), mialgia (dores nos músculos) e exantema (manchas vermelhas na pele). Cerca de 30% dos casos não chegam a desenvolver sintomas. O Ministério da Saúde definiu que devem ser consideradas como casos suspeitos todas as pessoas que apresentarem febre de início súbito maior de 38,5ºC e artralgia (dor articular) ou artrite intensa com início agudo e que tenham histórico recente de viagem às áreas nas quais o vírus circula de forma contínua ou que tenha vínculo epidemiológico com um caso confirmado.
Grupos de risco para quadros mais graves: A faixa etária muito jovem (neonatal) e a idade avançada, presença de comorbidades (história de convulsão febril, diabetes, asma, insuficiência cardíaca,  alcoolismo, doenças reumatológicas, anemia falciforme, talassemia, hipertensão), uso de alguns fármacos (aspirina, anti-inflamatórios e paracetamol em altas doses).
A pessoa com suspeita de Chikungunya deve procurar atendimento médico e não se automedicar.
Como a doença é transmitida por mosquitos, é fundamental que as pessoas reforcem as medidas de eliminação dos criadouros de mosquitos nas suas casas e na vizinhança. As medidas que as pessoas devem tomar são exatamente as mesmas recomendadas para a prevenção da dengue.