quinta-feira, 6 de março de 2014

Identificados eixos que deverão compor agenda da saúde 2014

Em reunião em Brasília, integrantes do Movimento da Reforma Sanitária definiram os cinco principais eixos que deverão compor a agenda da saúde para este ano. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Luis Eugênio de Souza, a saúde está entre as prioridades da população em 2014. Ele ressaltou que este é um desafio para os intelectuais da área, que deverão apresentar proposições que qualifiquem o debate.
 
Confira os cinco eixos propostos pelos integrantes do Movimento da Reforma Sanitária:
 
1 – O modelo de desenvolvimento pretende discutir o modo de crescimento da economia no Brasil, que precisa obedecer a sustentabilidade e promover a inclusão cidadã e social de todos.
 
2 – O modelo de participação trata a efetiva democratização da sociedade, já que a representação política que temos hoje não responde aos anseios da população é preciso preservar e fortalecer uma participação direta, assim como instituir a revogabilidade dos mandatos.
 
3 – O modelo de atenção à saúde pensa o investimento na operacionalização, na implantação prática do princípio da integralidade do SUS, na discussão do padrão tecnológico que hoje o sistema de saúde tem, pois é preciso investir no desenvolvimento de tecnologias que promovam a autonomia das pessoas e que sejam sustentáveis do ponto de vista do sistema universal de saúde.
 
4 – O modelo de gestão discute a formação dos profissionais da saúde, a alocação desses profissionais, vai pensar a importância da regionalização da saúde, para superar a fragmentação do sistema de saúde em mais de 5 mil sistemas municipais de saúde. Os municípios não têm como oferecer atenção integral a todos os brasileiros e é preciso que se associem em regiões com participação estadual e também da União.
 
5 -  O modelo de financiamento pensa nos recursos que o SUS precisa ainda receber para garanti-lo enquanto sistema universal. Tanto para as ações curativas, hospitalar, mas sobretudo para investimentos sobre os determinantes sociais da saúde.