Um grupo de profissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF) que atua em seis Unidades Básicas de Saúde (UBSs) na zona oeste de São Paulo começou a participar, em 2013, de oficinas de capacitação com o intuito de melhorar o cuidado à saúde e o desenvolvimento de crianças de até 3 anos pertencentes a 4,5 mil famílias atendidas na região. Alguns resultados do estudo foram apresentados durante o I Seminário de Pesquisas sobre Desenvolvimento Infantil, realizado na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
Eles fazem parte do projeto “Promoção de melhorias na atenção primária à saúde com foco no desenvolvimento infantil: fortalecendo os profissionais e as famílias”, realizado por pesquisadores da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EEUSP), com apoio da Fapesp, no âmbito do acordo com a Fundação Maria Cecília Souto Vidigal (FMCSV).
A puericultura – especialidade da pediatria voltada ao acompanhamento integral do processo de desenvolvimento da criança – tem perdido espaço entre os profissionais do sistema público de saúde e entre as famílias para uma prática mais voltada à atenção de queixas de problemas. Isso porque de um lado as famílias passaram a procurar mais os serviços de atendimento público à saúde quando a criança manifesta algum problema e a faltar nas consultas agendadas de acompanhamento, chamadas de “consultas do sadio”.