Corria o Carnaval de 1988. Entre sambas-enredo, hits da axé-music e outros batuques, uma marchinha se destacava. Entoada pela inconfundível voz do Velho Guerreiro Chacrinha, “Bota a Camisinha”, de João Roberto Kelly e Leleco, se tornou um sucesso. O tema não poderia estar mais em voga. Naquele tempo, a Aids, presente no Brasil desde o início da década de 80, ganhava notoriedade, assustava. Por pressão da sociedade civil, no ano seguinte o preço do AZT, remédio usado no tratamento da doença, caiu em 20%. Foi também em 1989 que Cazuza se tornou a primeira celebridade a assumir publicamente a contaminação pelo HIV. O cantor morreria um ano depois. Quase trinta se passaram, a despeito de inúmeros avanços em tratamentos e pesquisas, a associação entre Carnaval, Aids e camisinha se faz mais necessária do que nunca. Números da pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas na População Brasileira (PCAP) de 2013 mostram que 45% das pessoas não usaram preservativo nas suas relações sexuais. Com foco nos jovens, o Ministério da Saúde lançou a campanha de prevenção à Aids para o carnaval com diversas estratégias e ações. SAIBA MAIS