terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Equipes da Defesa Civil são integradas à campanha de combate ao aedes-aegypti

Viaturas do órgão ajudarão da divulgação da campanha e agentes distribuirão panfletos por toda a cidade

O Plano Municipal de Combate ao Aedes-Aegypti, mosquito transmissor da dengue e da febre chikungunya, ganhou reforço na manhã desta quinta-feira (12) com a integração de equipes da Defesa Civil. Em cerimônia realizada no Vale do Anhangabaú, no centro da capital, 32 viaturas do órgão foram entregues devidamente adesivadas e equipadas com alto-falantes para a conscientização da população. 

"Pela primeira vez na cidade de São Paulo nós estamos mobilizando a Defesa Civil a integrar os esforços de combate à dengue e em um ano muito difícil, porque é um ano de crise de abastecimento de água, que acaba acarretando comportamentos defensivos, sobretudo à reservação de água de maneira imprópria. Quando o munícipe reserva água de maneira imprópria, ele está ajudando na proliferação do mosquito da dengue. Nós temos que nos mobilizar neste momento como em nenhum outro", afirmou o prefeito Fernando Haddad. 
As equipes atuarão junto aos agentes da Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa), ligados à Secretaria Municipal de Saúde, nas 32 subprefeituras da cidade. Pelos alto-falantes, os carros transmitirão mensagens sobre como eliminar os possíveis criadouros do mosquito. Além disso, panfletos serão distribuídos à população, com a indicação das principais dicas para o combate do vetor e os principais sintomas das doenças. 
"Esta ação amplia muito a abrangência da atividade da Defesa Civil. Nos envaidece muito podermos estar com a Secretaria de Saúde em um plano bastante importante para a cidade. Isso nos impõe uma responsabilidade ainda maior. Nós vamos levar orientação para o munícipe nas áreas mais distantes da cidade", disse o coordenador Geral da Defesa Civil da Cidade de São Paulo, Milton Persoli.
Os paulistanos devem se atentar à necessidade de ação individual preventiva para eliminar criadouros de mosquito aedes aegypti. A visita de equipes é programada com base no mapeamento de pontos críticos, a partir dos casos confirmados. E uso de nebulização pesada (“fumacê”) só ocorre em última instância, emergencial, e funciona para eliminar mosquitos, sem efeito prático na eliminação de criadouros. É importante esclarecer que a dengue está mais associada ao calor e à água limpa do que simplesmente à chuva, porque qualquer pequena coleção de água, desde uma tampinha de garrafa a um prato de vaso pode ser um criadouro.
"Até que a ciência consiga avançar para termos uma vacina como temos para outras doenças infecciosas, não existe outra maneira de prevenirmos a dengue e a chikungunya se não evitarmos o contágio do vetor com as pessoas. O mosquito infectado é que vai levar esse risco de infecção para outras pessoas saudáveis, o que pode significar um agravo à condição de saúde de milhares de munícipes", afirmou o secretário municipal de Saúde, José de Filippi Júnior.
Durante a vigência do plano, a cada semana, sempre às quartas-feiras, equipes da Secretaria de Saúde distribuirão panfletos e revistas educativas que tratam das formas de prevenção e combate aos criadouros em pontos estratégicas da cidade, de grande concentração de pessoas, como terminais de ônibus e portas de estações de metrô.

A Secretaria Municipal de Saúde adotou, desde o ano passado, duas novas estratégias para o combate às doenças. A portaria 2.286/2014 estabelece que os serviços públicos e privados de saúde devem realizar, em até 24 horas, a notificação compulsória dos casos suspeitos. A Secretaria criou ainda comitês locais de prevenção nas subprefeituras, para fortalecer o contato com a comunidade e o trabalho integrado nas ações de campo.

 
Como prevenir:
- Pratos de vasos de plantas devem ser preenchidos com areia;
- Tampinhas, latinhas e embalagens plásticas devem ser jogadas no lixo e as recicláveis guardadas fora da chuva;
- Latas, baldes, potes e outros frascos devem ser guardados com a boca para baixo;
- Caixas d’água devem ser mantidas fechadas com tampas íntegras sem rachaduras ou cobertas com tela tipo mosquiteiro;
- Piscinas devem ser tratadas com cloro ou cobertas;
- Pneus devem ser furados ou guardados em locais cobertos;
- Lonas, aquários, bacias, brinquedos devem ficar longe da chuva;
- Entulhos ou sobras de obras devem ser cobertos, destinados ao lixo ou “Operação Cata-Bagulho”;
- Cuidados especiais para as plantas que acumulam água, como bromélias e espadas de São Jorge; ponha água só na terra. 
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Crédito: César Ogata / SECOM
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