
No primeiro dia, Luis David Castiel, Fernando Telles e Marilene Castilho, ambos pesquisadores da ENSP, trouxeram contribuições para o debate abordando o tema a partir de conceitos da saúde pública, filosofia e psicanálise. Telles, por exemplo, identifica no abandono do modelo hipotético dedutivo, da prática do diagnóstico nascida com a anatomia patológica, uma das razões que levaram ao estilhaçamento da ética na medicina.
A segunda mesa redonda contou com a participação de a médica e doutora em saúde coletiva Maria de Fátima Andreazzi e Carlos Ocké-Reis, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o IPEA. Ocké-Reis falou sobre o subsídio estatal dado às operadoras de planos de saúde, classificado por ele como indefensável.
A mesa redonda que encerrou o ciclo de debates teve participação da pesquisadora da URFJ Ligia Bahia, e de Ana Costa, presidente do Centro Brasileiro de Estudos em Saúde (Cebes). Ana Costa lembrou que muitos médicos, hoje, se tornaram donos de ações de empresas de saúde e passam parte de seu dia a acompanhar o sobe e desce das bolsas de valores, o que ela julgou ser sintomático com relação ao modelo de medicina que se pratica atualmente. Muitos outros temas surgiram ao longo das mesas redondas.
Você pode assistir a íntegra dos dois últimos encontros abaixo. (Não houve gravação no primeiro dia).
A estruturação da ciência e do consumo na medicina: Luiz Vianna Sobrinho (1/3)
A estruturação da ciência e do consumo na medicina: Maria de Fátima Siliansky Andreazzi (2/3)
A estruturação da ciência e do consumo na medicina: Carlos Ócke-Reis (3/3)
O Tyrannosaurus Health: Ligia Bahia (1/2)
O Tyrannosaurus Health: Ana Maria Costa (2/2)
Fonte ENSP