terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Uso de crack em cenas abertas e justiça criminal: tema de pesquisa da ENSP

“No Brasil, o consumo de crack adquire dimensão expressiva, principalmente devido à sua visibilidade enquanto comportamento observável em cenas abertas de tráfico e consumo e também por despertar certo incômodo social, aparentemente pelo fato de os usuários serem de classe social mais empobrecida/marginalizada, fazerem uso em locais públicos e devido à associação (continuamente reforçada pelo senso comum e pelos meios de comunicação) com  problemas relacionados à violência e criminalidade nas grandes cidades.” A constatação é da aluna de doutorado em Epidemiologia em Saúde Pública da ENSP Lidiane da Silveira Gouvea Toledo. Sua tese teve por objetivo analisar a inter-relação entre o uso de crack e similares em cenas abertas e envolvimento com a justiça criminal no Rio de Janeiro, de 2011 a 2013. Acredita a aluna que o consumo de crack em cenas abertas parece constituir, antes de tudo, uma questão urbana de ordem e gestão do espaço público, onde estratégias inovadoras da gestão, aliadas a redução de danos, são esforços necessários para melhorar a qualidade de vida dos indivíduos que interagem com as cenas e a da comunidade em geral. SAIBA MAIS