A doença por dengue pode apresentar desde quadros leves, com sintomas semelhantes aos de diversas viroses, até quadros graves que evoluem para óbito. Em momentos de endemia e epidemia, como o que estamos vivendo em diversos municípios do estado de São Paulo, bem como de outros estados da União, a assistência médica deve estar alerta para o diagnóstico clínico. O tratamento oportuno pode ser a diferença entre a vida e a morte do paciente. E os recursos necessários são os mais básicos possíveis: simplesmente manter o paciente hidratado, é um deles.
Na forma clássica, os sintomas mais frequentes são a febre abrupta e geralmente alta (39°C a 40°C), associada à cefaleia, mialgias, artralgias e dor retroorbital. Anorexia, náuseas, vômitos e diarreias também podem estar presentes em cerca de 50% dos casos.
Sinais de alarme podem aparecer entre o terceiro e sétimo dia do início dos sintomas, e podem ser: vômitos importantes e frequentes, dor abdominal intensa e contínua, hepatomegalia dolorosa, desconforto respiratório, sonolência ou irritabilidade excessiva, hipotermia, sangramento de mucosas, diminuição da sudorese e derrames cavitários (pleural, pericárdico, ascite). Esses sinais indicam choque. Intervenções nessa fase são de extrema importância e melhoram o prognóstico.
Dessa forma, é sempre oportuno alertar aos profissionais médicos de unidades básicas e, em especial, aos que atuam nas unidades de pronto atendimento, para que estejam atentos ao cenário epidemiológico do seu município em relação à dengue. Em tempos de grande progressão de casos, sinais clássicos de viroses podem ser da dengue.
Fonte: Coordenadoria de Controle de Doenças/Secretaria de Estado da Saúde