Um grupo de doenças infecciosas conhecidas como hepatite A, B, C, D, e E – afetam centenas de milhões de pessoas em todo o mundo, causando doenças hepáticas agudas e crônicas e matando cerca de 1,4 milhão de pessoas a cada ano. Mas, mesmo assim, a hepatite permanece amplamente ignorada ou desconhecida. Estima-se pelo menos 400 milhões de pessoas em todo o mundo estejam infectadas cronicamente pelos vírus das hepatites B e C, além de quase um milhão e meio com o da hepatite A.
Como as hepatites virais são crônicas, inicialmente silenciosas e demoram vários anos para desenvolver complicações, elas foram, durante muito tempo, negligenciadas. Mas, graças a uma iniciativa brasileira, a OMS, durante a 63ª Assembleia Mundial da Saúde realizada em maio de 2010, reconheceu as hepatites virais como um tópico de grande relevância para a saúde pública mundial e instituiu a data de 28 de julho como o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais.
O Ministério da Saúde do Brasil, por meio do seu Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais da Secretaria de Vigilância em Saúde, realiza uma série de metas e ações integradas de prevenção e controle no Sistema Único de Saúde (SUS) para o enfrentamento das hepatites virais no país. Dados do próprio Ministério estimam pelo menos 2 milhões de pessoas cronicamente infectadas pelo vírus da hepatite C, desconhecem, em sua maioria, sua situação sorológica.