O presidente de um dos mais conceituados hospitais do país, o Hospital Israelita Albert Einstein, Claudio Lottenberg, elogia o Programa Mais Médicos, embora reconheça que a iniciativa não é a solução definitiva para os problemas do sistema de saúde; em entrevista a revista IstoÉ, ele afirma que a presença destes profissionais nos rincões do país é de extrema importância para a população que vive distante dos grandes centros; sobre a reação negativa contra a iniciativa, Lottenberg é claro: “Não se pode lidar com um problema dessa magnitude na base do contra ou do a favor. É uma questão de saúde pública"
Indo na direção contrária da maioria da classe médica, o presidente de um dos mais conceituados hospitais do país, o Hospital Israelita Albert Einstein, Claudio Lottenberg, elogia o Programa Mais Médicos, do Governo Federal, embora reconheça que a iniciativa não é a solução para os graves problemas do sistema de saúde. Em entrevista a revista IstoÉ, Lottenberg afirma que o programa supre uma série de carências hoje existentes e que a presença destes profissionais será de extrema importância para a saúde da população que vive distante dos grandes centros.
Para Lottenberg, a presença de médicos nos rincões mais distantes servirá para dar assistência a pessoas que nem sequer sabem que possuem doenças como pressão alta e diabetes. Sobre a reação negativa contra a iniciativa do Governo Federal, Lottenberg questiona a própria classe médica: “Não se pode lidar com um problema dessa magnitude na base do contra ou do a favor. É uma questão de saúde pública que tem inúmeros desdobramentos sociais”.
Veja abaixo os principais trechos da entrevista em que Claudio Lottenberg fala sobre o Programa Mais Médicos e confira aqui a entrevista na íntegra.
O que acha do programa Mais Médicos?
É um programa que nasce como uma iniciativa de curto prazo, voltado para suprir carências. A presença dos médicos em localidades onde não havia ninguém para atender a população trará bons resultados. Eles irão dar assistência a pessoas que sofrem, sem saber, de males como pressão alta e diabetes. Isso não demanda alta tecnologia, mas um médico bem preparado. Outro acerto é o fato de a sociedade se mobilizar em torno do reconhecimento de que a falta de médicos e sua má distribuição são um problema.
Como considera a reação negativa de boa parte dos médicos brasileiros?
Questiono-me se nós médicos não temos sido excessivamente reativos ao programa. Os profissionais do Exterior não vão competir em São Paulo. Eles estarão no interior do País, como no Acre, Estado onde o governador Tião Viana disse não conseguir médicos intensivistas nem por R$ 25 mil. Não se pode lidar com um problema dessa magnitude na base do contra ou do a favor. É uma questão de saúde pública que tem inúmeros desdobramentos sociais.
Fonte: Brasil 247
Fonte: Da Redação (IM) - (www.capitalnews.com.br)