Um relatório elaborado pelo Banco Mundial, divulgado pelo jornal Folha de S. Paulo nesta segunda-feira, aponta que os problemas de acesso e cuidados especializados no Sistema Único de Saúde (SUS) têm mais a ver com desorganização e ineficiência do que com falta de dinheiro. Especialistas costumam citar a tese de que o subfinanciamento é um dos principais responsáveis pelas deficiências do sistema. O Banco Mundial reforça isso: mais da metade dos gastos com saúde no País se concentra no setor privado, e o gasto público (3,8% do PIB) está abaixo da média de nações em desenvolvimento. O relatório, porém, afirma que é possível fazer mais e melhor com o mesmo orçamento. "Diversas experiências têm demonstrado que o aumento de recursos investidos na saúde, sem que se observe a racionalização de seu uso, pode não gerar impacto significativo na saúde da população", diz Magnus Lindelow, líder de desenvolvimento humano do banco no Brasil.
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