quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Ministério da Saúde reúne gestores estaduais e municipais de DST, aids e hepatites virais para debater ações de combate à epidemia de aids

Coordenadores de DST, Aids e Hepatites Virais de todos os estados brasileiros reúnem-se nesta segunda e terça-feira, 5 e 6 de agosto, em Brasília, para discutir a situação atual da resposta brasileira a essas doenças. São cerca de 160 gestores de saúde estaduais e municipais que debatem nesses dois dias os novos cenários para o enfrentamento das DST, aids e hepatites virais no Brasil.

A reunião foi aberta pelo secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, que apontou as coordenações estaduais e municipais como peças fundamentais para o êxito da resposta brasileira às DST, aids e hepatites virais no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Para o secretário, os desafios que esses agravos trazem hoje ao país só serão enfrentados de forma efetiva com a integração de todos os atores, e essa reunião é uma primeira oportunidade para isso.



Em seguida, Fábio Mesquita, diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, apresentou um panorama geral do enfrentamento dessas doenças no país, apontando como bases de sua gestão a promoção de intervenções inovadoras e de comprovada evidência científica. Mesquita destacou que o debate dessas novas intervenções com amplos setores da sociedade irá possibilitar ao departamento incorporar intervenções capazes de promover uma redução importante em indicadores como incidência e mortalidade, de forma a impactar positivamente a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV e aids no país.

O diretor lembrou que entre as prioridades do departamento na área de DST estão a sífilis congênita e o HPV. Fábio Mesquita anunciou que o Brasil será o primeiro país do mundo a promover dentro do sistema de saúde o acesso amplo à vacinação do HPV, a partir de financiamento público. A expectativa, segundo o diretor, é que a vacina esteja disponível no SUS ainda este ano.

Outra importante iniciativa anunciada por Fábio Mesquita foi a descentralização da testagem e do tratamento dos centros de atenção especializada para a atenção básica. Segundo Mesquita, a futura utilização da dose fixa combinada (três medicamentos combinados em um único comprimido) ainda este ano vai proporcionar maior agilidade e rapidez na promoção da assistência aos pacientes de aids na rede básica de saúde. Na área de hepatites, além da criação de uma coordenação específica dentro do departamento, estão previstas medidas que facilitem o acesso aos medicamentos de hepatites virais, como os novos inibidores de protease recentemente disponibilizados no SUS para os pacientes de hepatite C.

Nesta terça-feira, segundo dia da reunião, os coordenadores serão divididos em dois grupos para debater a coinfecção de tuberculose e HIV em conjunto com o Programa Nacional de Controle da Tuberculose e a reorganização da rede assistencial para implementação do acesso ao tratamento das hepatites virais.

Fonte: Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais