O Brasil já soma 47,9 milhões de beneficiários de planos de saúde, fazendo com que as seguradoras faturem R$ 92,7 bilhões por ano, segundo dados de 2012 do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar. A expansão do setor privado se deu não exclusivamente por fragilidades do SUS, mas mediante incentivos governamentais. O público financia o privado quando o Estado abre mão de parte dos impostos e das contribuições sociais relativos a gastos com saúde que deveriam ser pagos por famílias, empregadores, indústria farmacêutica e hospitais filantrópicos. É isso que mostra reportagem publicada na Revista Radis de agosto.
A matéria usa o livro recém-lançado SUS: O desafio de ser único (Editora Fiocruz), do economista Carlos Octávio Ocké-Reis, técnico de Planejamento e Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), para refletir sobre a pergunta "Quem ganha e quem paga a conta com as deduções de gastos com saúde?". Com isso, faz um retrospecto de como o crescimento do setor privado na saúde contou com incentivos governamentais. Ou seja: como o Estado tem mantido um padrão de intervenção contraditório.
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