domingo, 19 de janeiro de 2014

Nota da Secretaria Nacional de Juventude sobre os "rolezinhos"

A Secretaria-Nacional de Juventude manifesta sua solidariedade aos jovens que, pacificamente, estão organizando e participando dos chamados “rolezinhos” e repudia os atos de discriminação e de repressão.
A Secretaria Nacional de Juventude manifesta sua solidariedade aos jovens que, pacificamente, estão organizando e participando dos chamados “rolezinhos”.
 
A reação desproporcional, repressiva e violenta com que foram tratados esses jovens provocou a solidariedade de todos aqueles que são favoráveis ao livre direito de circulação em todos os espaços da cidade. 
 
As mobilizações em shoppings virtualmente convocadas com o claro intuito de “curtir” fazem parte de uma série de novas manifestações da juventude, dentro do contexto de ampliação do uso de celulares, computadores, internet e redes sociais e do processo de ampliação de direitos e de renda vivenciado pelo Brasil nos últimos anos.
 
Neste contexto uma ampla parcela da população brasileira passou a desfrutar pela primeira vez ou com maior frequência de espaços, serviços, produtos e hábitos historicamente consumidos pela elite do país. Fato que tem provocado muito incômodo e diversas atitudes preconceituosas e racistas por aqueles que não compreendem ou não querem um novo Brasil.
 
Essas são posturas que já não são toleradas por nossa juventude e que não condizem com o atual estágio de desenvolvimento e de democracia do Brasil, onde a construção de um país igualitário apenas começou. 
 
A Secretaria Nacional de Juventude repudia os atos de discriminação e de repressão aos “rolezinhos” e reitera seu compromisso com a construção de um país que garanta aos jovens muito mais do que acesso ao shopping. É uma grande e coletiva responsabilidade mudar a lógica excludente de urbanização, dar vida a novos e antigos espaços públicos e garantir plenamente os 11 direitos estabelecidos no Estatuto da Juventude que incluem, por exemplo, os direitos à cultura, ao desporto e ao lazer, à comunicação e à liberdade de expressão e ao território e à mobilidade.