quarta-feira, 3 de julho de 2013

Atenção Básica: atua na prevenção de doenças e evita filas em hospitais

Muitas pessoas ainda não sabem que a Atenção Básica é a principal porta de entrada das redes de atenção à saúde e a melhor opção para o primeiro contato dos usuários com oSUS. Por meio das Unidades Básicas de Saúde (UBS) a população recebe atendimentos primários essenciais para crianças, mulheres, gestantes, adultos e idosos. Nelas, os usuários podem realizar consultas médicas, tomar vacinas, fazer curativos, coletar exames laboratoriais, retirar medicamentos e encaminhamentos para especialidades médicas. Essas unidades têm uma atuação forte na prevenção, na promoção em saúde e no acompanhamento continuado de pacientes.
A UBS, também conhecida como posto ou centro de saúde, conta com o trabalho realizado pela equipe de Atenção Básica que utiliza tecnologias de cuidado complexas e de baixa densidade, ou seja, mais conhecimento e pouco equipamento. As equipes compostas por, no mínimo, um médico de família, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e seis agentes comunitários de saúde podem resolver de 80% a 90% dos problemas de saúde do local onde atuam. Estes profissionais são responsáveis pelo acompanhamento de um número definido de famílias localizadas em uma área geográfica delimitada, ajudando na manutenção da saúde desta comunidade. Muitas vezes, essas unidades estão em regiões de periferia e no interior do país.
Um médico da atenção básica, em especial o chamado médico generalista ou médico de família, realiza ações de promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos usuários e famílias. O acompanhamento a hipertensos e diabéticos, a redução da incidência da tuberculose e da hanseníase através de tratamentos são exemplos de doenças que podem ser amenizadas devido à atuação desses médicos. O trabalho realizado por eles evita parte importante das internações hospitalares e resolve boa parte dos problemas de saúde próximo ao local onde as pessoas vivem ou trabalham. Dessa maneira, ajudam a reduzir o tempo de espera e a lotação de prontos-socorros dos hospitais, que assim, ficam liberados para atender casos mais graves e de alta complexidade.
Saúde da Família é uma estratégia de um modelo assistencial baseado na implantação de equipes multiprofissionais em UBS. O trabalho dessa equipe é o elemento-chave para a busca permanente de comunicação e troca de experiências entre os integrantes da equipe e a população. Ao trabalhar na UBS os profissionais assumem a responsabilidade sanitária e o cuidado destas pessoas, considerando também a questão cultural que existe no território em que vivem.
I – realizar atenção à saúde aos indivíduos sob sua responsabilidade;
II – realizar consultas clínicas, pequenos procedimentos cirúrgicos, atividades em grupo na UBS e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações, etc.);
III – realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea;
IV – encaminhar, quando necessário, usuários a outros pontos de atenção, respeitando fluxos locais, mantendo sua responsabilidade pelo acompanhamento do plano terapêutico do usuário;
V – indicar, de forma compartilhada com outros pontos de atenção, a necessidade de internação hospitalar ou domiciliar, mantendo a responsabilização pelo acompanhamento do usuário;
VI – contribuir, realizar e participar das atividades de Educação Permanente de todos os membros da equipe; e
VII – participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da UBS.
Atenção Básica – Existem 39.349 mil UBSs por todo o território nacional que ficam em locais acessíveis aos usuários. O Ministério da Saúde trabalha para ampliar o serviço. Só na reforma e ampliação destas unidades já foi investido R$ 1,6 bilhão. Além disso, 35 mil novos postos de trabalho estão sendo criados para que mais profissionais fiquem à disposição da população nessas unidades. Vale lembrar que o trabalho de Atenção Básica também é realizado nas Unidades Básicas de Saúde Fluviais (UBSF), nas Unidades Odontológicas Móveis (UOM)e nas Academias de Saúde.
Camilla Terra / Blog da Saúde