O blog Saúde em Pauta, da ENSP, quer saber: Ao longo de seus 25 anos, o Sistema Único de Saúde brasileiro está no caminho certo? A questão foi apresentada durante as comemorações dos 59 anos da Escola, na Semana Sergio Arouca, que trouxe uma série de debates acerca dos caminhos e descaminhos do SUS. Participe você também deixando sua opinião aqui.
Essa mesma pergunta foi apresentada para diversos sanitaristas, gestores, pesquisadores, professores e alunos que participaram da Semana Sergio Arouca (3 a 6/9). Os depoimentos mostram uma diversidade de pensamentos quanto ao sucesso do SUS. Alguns acreditam que estamos no rumo certo, já outros enfatizam que precisamos voltar às origens do movimento da Reforma Sanitária brasileira. Entretanto, determinados pontos foram praticamente unânimes nos discursos: a necessidade de mais investimento para o Sistema, maior combate contra a privatização dos serviços de saúde e a melhoria da atenção básica no país.
Confira aqui os depoimentos recolhidos na Semana Sergio Arouca.
Entenda o Sistema Único de Saúde (SUS)
O SUS (Sistema Único de Saúde) é um dos maiores sistemas de atendimento médico público do mundo. Foi criado no Brasil, em 1988, com a promulgação da nova Constituição Federal, tornando o acesso gratuito à saúde direito de todo cidadão.
Com a implantação do sistema, o número de beneficiados passou de 30 milhões de pessoas para 190 milhões. Atualmente, 80% desse total dependem exclusivamente do SUS para ter acesso aos serviços de saúde.
Segundo o Ministério da Saúde, o SUS tem 6,1 mil hospitais credenciados, 45 mil unidades de atenção primária e 30,3 mil Equipes de Saúde da Família (ESF). O sistema realiza 2,8 bilhões de procedimentos ambulatoriais anuais, 19 mil transplantes, 236 mil cirurgias cardíacas, 9,7 milhões de procedimentos de quimioterapia e radioterapia e 11 milhões de internações.
Entre as ações mais reconhecidas do SUS estão: a criação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Políticas Nacionais de Atenção Integral à Saúde da Mulher, de Humanização do SUS e de Saúde do Trabalhador, além de programas de vacinação em massa de crianças e idosos em todo o país e a realização de transplantes pela rede pública.
(Com informações do site Brasil.gov.br.)