sábado, 22 de junho de 2013

CRP e SinPsi participam da fundação do Fórum Latino-Americano sobre patologização da vida

CRP e SinPsi participam da fundação do Fórum Latino-Americano sobre patologização da vida

Fonte: CRP SP
Com o objetivo de dar continuidade às articulações com o Forum Infancias, coletivo argentino de profissionais da saúde preocupados com os altos índices de patologização de crianças e adolescentes, e com o Fórum sobre Medicalização da Educação e da Sociedade, o CRP SP participou do IV Simposio Internacional sobre Patologizacion de la Infancia, realizado entre 6 e 8 de junho, em Buenos Aires.

Representando o SinPsi, seu presidente Rogério Giannini e o CRP SP, os (as) conselheiros (as) Carla Biancha Angelucci e Luís Fernando de Oliveira Saraiva participaram de reuniões para a constituição do Fórum Latino-Americano sobre Patologização da Vida. Reunindo profissionais da saúde e educação do Brasil, Argentina, Chile, Uruguai, México, Costa Rica e Colômbia, o Fórum Latino-Americano tem como objetivo reunir e divulgar informações de maneira a criar espaços de articulação e fomentar a formação de outros espaços e coletivos.

Durante o simpósio, o CRP SP apresentou trabalhos sobre a patologização de orientações sexuais no ambiente escolar e de adolescentes em conflito com a lei, que também foram considerados na constituição do Fórum. Para Carla Biancha Angelucci, muitas são as facetas dos processos de patologização da vida. "Cotidianamente, diferentes modos de ser são tratados como adoecidos e portadores de severas patologias. E muitas vezes a Psicologia contribui com esse processo, dizendo apenas quais são as faltas do sujeito e dizendo como ele deveria ser", aponta a conselheira. Nesse sentido, psicólogos (as) têm uma importante função, construindo práticas subjetivas e inclusivas. "É necessário que a Psicologia possa resgatar subjetividades, histórias de vida do sujeito, sempre coletivas e sociais. É disso que precisamos: resgatar sujeitos, muitas vezes apagados por tantas faltas, impotências e doenças. E essa é uma luta por direitos humanos, uma luta pelo direito em sermos diferentes", conclui Biancha. Rogério Giannini destacou a importância de se buscar ações articuladas na américa latina "quando estamos tratando de posições não hegemônicas é importante ampliar muito o número de interlocutores", afirma Giannini.

Um novo encontro do Fórum Latino-Americano acontecerá durante o III Seminário Internacional A Educação Medicalizada, a ser realizado de 10 a 13 de julho, em São Paulo. Saiba mais sobre o Seminário clicando aqui.