terça-feira, 18 de junho de 2013

Lupa no Clipping CONASS


Correio Braziliense

17/06/2013

Brasil


Gastos com remédios por ordem da Justiça somam R$ 355 milhões em 2012
O SUS, no entanto, vem conseguindo cada vez mais vitórias nos tribunais ao demonstrar que já fornece drogas e tratamentos similares

Julia Chaib - Cidades

Presidente de uma associação que reúne portadores de uma doença rara chamada mucopolissacaridose, Regina Próspero ajuda os pacientes a garantirem acesso ao tratamento, baseado em remédios de alto custo que não estão incluídos na lista do Sistema Único de Saúde (SUS). A solução, nesses casos, é a Justiça. “Temos aproximadamente 400 processos em curso”, informa Regina. As ações judiciais são movidas contra municípios, estados e a União. Em relação a essa última, representada pelo Ministério da Saúde, os gastos determinados judicialmente para fornecimento de medicamentos, equipamentos e insumos — além de depósitos judiciais e repasses a estados e municípios — atingiram recorde no ano passado: R$ 355 milhões. Segundo a pasta, 71% desse total, equivalentes a R$ 255 milhões, foram destinados à aquisição de 10 drogas usadas no tratamento de doenças raras, que atingem, no máximo, uma pessoa em cada grupo de 2 mil habitantes. Foram beneficiadas 661 pessoas, entre elas, os doentes com mucopolissacaridose.
O diretor jurídico do Instituto Oncoguia, Tiago Farina Matos, associa a crescente judicialização da saúde ao acesso mais amplo da população à Justiça. “Temos a Defensoria Pública criada e estruturada em quase todos os estados. Aliado a isso, as pessoas estão mais conscientes de seus direitos. Quando não podem arcar com o custo de um advogado, vão à Defensoria ou recorrem a associações, por exemplo.”

Matéria Completa na edição impressa.

O Globo

17/06/2013

Saúde

Especialistas discutem relação entre consumo seguro e saúde

Na 1ª semana nacional sobre o tema,Inmetro, Anvisa e Senacon buscam ação articulada
Produtos infantis são os principais causadores de acidentes de consumo no país
Experiências nacionais e internacionais serão debatidas em Brasília


Andrea Freitas (Email · Facebook · Twitter)

RIO - Nem todo risco de um produto é evidente. E, para tornar esses riscos mais claros, é preciso que consumidores e autoridades regulamentadoras saibam onde eles estão. Com o objetivo de tornar essa questão mais explícita, especialistas vão se reunir em Brasília, de segunda a quarta-feira, na 1ª Semana Nacional de Consumo Seguro e Saúde.

Ao longo desses três dias, os debates terão como meta adotar medidas para a prevenção de produtos e serviços que ofereçam riscos à saúde e à segurança da sociedade. A série de eventos, promovidos por Inmetro, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), termina com a realização do 2º Seminário Internacional de Consumo Seguro e Saúde, no dia 19.

— A semana tem como foco o consumidor. Queremos que ele se sinta próximo a essa questão e reconheça a sua importância na cadeia de consumo. Afinal, o barato pode sair caro — afirma Paulo Coscarelli, diretor-substituto de Avaliação da Conformidade (Dconf) do Inmetro.

Falta de visão crítica

Andréa Sanchez, diretora de Programas Especiais do Procon-SP, afirma que no Brasil ainda reina uma cultura que não enxerga os acidentes de consumo como uma falha no produto.
— Não temos uma visão crítica que identifique o que pode ser um acidente de consumo. O consumidor ainda acha que ele é o culpado pelo problema. Se ele seguiu as instruções e houve uma falha, um dano, isso é um acidente de consumo — explica Andréa.
E para que a temática chegue de forma efetiva ao consumidor, autoridades regulamentadoras, legisladores, representantes da sociedade civil e especialistas vão discutir formas de fortalecer a troca de informações sobre acidentes de consumo e de construção de uma rede de consumo seguro.

— No primeiro dia, por exemplo, vamos realizar uma oficina sobre acidentes domésticos com o Ministério da Saúde. Queremos que o órgão se engaje nesse tema, porque as informações de registro do que aconteceu com as pessoas que chegam aos hospitais é importantíssimo para avaliar se um produto oferece ao algum risco — diz Coscarelli.
De acordo com o diretor do Inmetro, os acidentes domésticos são o maior causador de morte de crianças no Brasil. Não há números, no entanto, sobre quantos desses acidentes são causados por problemas no uso de um determinado produto conforme as indicações do fabricante, o chamado acidente de consumo.
— Essa falta de dados nos impede de saber quais os riscos atrelados a um determinado produto e como exatamente aquela situação ocorreu. Com o fortalecimento dessa rede, será possível rastrear os riscos e agir de forma preventiva — diz Coscarelli.

Mapeamento de produtos e riscos

Com mais conhecimento, o consumidor também pode dar mais valor à segurança na hora da compra. Além disso, fica mais fácil compreender a importância de registrar todo e qualquer problema acidente de consumo.
Para que isso se torne uma realidade, a articulação entre órgãos públicos federais, estaduais e municipais precisa ser aprimorada, já que fortalecer a rede de informações sobre acidentes de consumo permite mapear melhor os produtos e seus riscos.
— O desenvolvimento da sociedade de consumo e o avanço da globalização trouxeram novos riscos para o consumidor. Nosso objetivo é estimular a criação de redes locais de consumo seguro e saúde que integrem os órgãos estaduais e municipais, propiciando maior eficiência e efetividade nas ações de monitoramento dos mercados e promovendo a proteção do consumidor e um ambiente de concorrência justa entre empresas, em sintonia com as práticas promovidas pela Rede de Consumo Seguro e Saúde das Américas — destaca Coscarelli.
Para Andréa, do Procon-SP, a série de encontros em Brasília permite discutir mecanismos de divulgação e ferramentas de captação de informações importantes sobre consumo seguro, e articular como todos os órgão envolvidos podem ajudar.
Segundo Carlos Thadeu de Oliveira, diretor do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), apesar de ainda estarmos engatinhando na construção dessa rede, há iniciativas locais que podem dar frutos e a discussão do tema esta semana coloca a questão da segurança e da saúde em primeiro plano.

Quem participa da discussão

Além de Inmetro, Anvisa e Senacon, os debates terão a presença de representantes do Instituto Nacional de Defensa de la Competencia y de la Protección de la Propiedad Intelectual, do Peru, e da Superintendencia de Industria y Comercio da Colômbia. Também haverá representantes da Associação Brasileira de Produtos Infantis (Abrapur), da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), do Idec, do Conselho Nacional de Combate à Pirataria (CNCP/MJ), do Instituto Brasileiro de Estudos da Concorrência, Consumo e Comércio Internacional (Ibrac), além da Vigilância Sanitária e de órgãos públicos de defesa do consumidor.

O Globo

17/06/2013

Saúde


Pessoas que nasceram entre 1945 e 1965 devem fazer o exame que detecta a hepatite C.
Teste está disponível na rede pública

Extra

Nascidos entre 1945 e 1965 devem procurar uma unidade básica de saúde (postos ou Clínicas da Família) e fazer um teste de hepatite C. O alerta, dado no Brasil pela Associação Brasileira dos Portadores de Hepatite (ABPH), foi lançado nos Estados Unidos após a constatação de que essas pessoas têm cinco vezes mais riscos de estarem contaminadas.
A explicação é que tal geração cresceu numa época em que eram comuns o uso de seringas de vidro e transfusões de sangue não testados para a hepatite C, só descoberta em 1989.
Segundo o hepatologista Giovanni Faria Silva, da Universidade Estadual Paulista, a testagem é necessária porque a doença não apresenta sintomas em 95% dos casos, sendo comum o diagnóstico já em estágio avançado.
- Depois de 20 anos, a infecção evolui para cirrose em 25% dos pacientes, tudo de forma assintomática. A cirrose provoca a falência do fígado e, se não tratada, leva à morte - diz o médico.
O teste de hepatite C é feito por meio de exame de sangue, que detecta a presença de anticorpos contra o vírus no organismo. Caso dê positivo, um outro exame, que analisa o material genético do vírus, é feito. Mais um positivo aponta a necessidade de biópsia do fígado para indicação de tratamento.
O publicitário e presidente da ABPH, Humberto Silva, de 48 anos, conta que viveu 38 anos com a hepatite C sem saber. Há dez anos, ele foi ao médico, que solicitou o exame de sangue específico.
- Eu já estava com cirrose hepática. Descobri assim, em cima da hora. Se não fosse isso, estaria morto. Deus mandou um anjo para me anunciar a doença - conta Humberto, que contraiu o vírus aos 8 anos, quando se submeteu a uma cirurgia de apendicite. - Recebi sangue contaminado.
Humberto afirma que, hoje, está curado do vírus, mas não da cirrose:
- Sou um sobrevivente da hepatite C. Cerca de 80% dos casos têm cura completa.
Ele alerta para a importância de se fazer o teste de hepatite C:
- Quanto mais cedo vier o diagnóstico, mais fácil é a cura. A pessoa pode estar morrendo sem saber, como eu estava. Estima-se que 3 milhões de pessoas tenham hepatite C, mas só 12 mil sabem e estão sendo tratadas.

Folha de S. Paulo

17/06/2013

Ciência e Saúde


Cães facilitam aceitação da terapia
DE SÃO PAULO

O Ambulatório de Autismo da USP já usa há quatro anos a "pet terapia", que ajuda as crianças com o transtorno a se tornar mais abertas ao tratamento. "São cães treinados para não latir e não reagir a puxões", diz Estevão Vadasz, coordenador do ambulatório.
Vadasz diz que pesquisas já mostraram que o contato das crianças com cachorros aumenta os níveis da oxitocina, o hormônio da empatia.
"O uso desse hormônio para o autismo vem sendo estudado há alguns anos e sua produção ajuda o terapeuta no tratamento."