terça-feira, 11 de junho de 2013

Campanha: 47% do público-alvo já foi vacinado contra a poliomielite

O balanço parcial do Ministério da Saúde indica que 6.051.890 crianças em todo país foram vacinadas contra a poliomielite no primeiro fim de semana da campanha. Ou seja, 47% dos 12,9 milhões de crianças de 6 meses a menores de 5 anos que existem no Brasil já participaram da mobilização. A meta é atingir 95% dessa faixa etária, o que totaliza 12,2 milhões de crianças. Os dados foram repassados pelas secretarias estaduais e municipais de Saúde até às 17h desta segunda-feira (10).
O Ministério da Saúde realizou no último sábado (8), o Dia D de Mobilização, quando 115 mil postos permanentes e móveis estiveram abertos. A ação marcou o início da campanha deste ano, que dura até 21 de junho. Os estados com as maiores coberturas vacinais, até o momento foram: São Paulo (62,29%), Rio Grande do Sul (62,20%), Paraná (57,78%), Rondônia (53,10%) e Goiás (52,60%). O melhor desempenho por subgrupo de idade até o momento foi entre as crianças de 6 meses a menores de 1 ano, atingindo 51,40% do público-alvo, o que representa 749.528 doses aplicadas.
Entenda a campanha deste ano – Vale ressaltar que neste ano a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite será realizada somente em uma etapa. No ano passado, todas as crianças até 5 anos incompletos participavam. Já neste ano, o público-alvo da campanha são as crianças a partir dos 6 meses, que tomam a vacina oral (VOP), as chamadas gotinhas. Isso porque as menores de 6 meses já estão sendo vacinadas com a vacina injetável (VIP) nos postos.
Para repetir o sucesso das campanhas anteriores, é preciso que os pais e responsáveis levem as crianças aos postos com a caderneta de vacinação dos filhos. Dessa forma, o profissional de saúde pode avaliar a situação vacinal da criança, considerando o esquema sequencial (quadro abaixo).
Calendário básico de vacinação
Esquema sequencial para crianças que iniciam a vacinação contra a poliomielite




A campanha é realizada em conjunto entre o Ministério da Saúde e as secretarias estaduais e municipais de saúde. O Ministério da Saúde investiu R$ 32,3 milhões em repasses do Fundo Nacional para os estados e municípios, sendo destinados R$ 13,7 milhões à aquisição das vacinas. Em todo o país, foram distribuídas 19,4 milhões de doses da vacina oral.
Vacina oral – Vale lembrar que não existe tratamento para a poliomielite e somente a prevenção, por meio da vacinação. A vacina protege contra os três sorotipos do poliovírus 1, 2 e 3. A eficácia da imunização é em torno de 90% a 95%. Ela é recomendada mesmo para as crianças que estejam com tosse, gripe, coriza, rinite ou diarreia.
A vacina é extremamente segura e não há contraindicações, sendo raríssimas as reações associadas à administração da mesma. Em alguns casos – como, por exemplo, em crianças com infecções agudas, com febre acima de 38ºC ou com hipersensibilidade a algum componente da vacina –, recomenda-se que os pais consultem um médico para avaliar se a vacina deve ser aplicada.
Casos – O último caso registrado de poliomielite no Brasil foi em 1989, na Paraíba. As ações do Programa Nacional de Imunizações (PNI) estão voltadas à manutenção do país livre do poliovirus selvagem. Desde 1994, o país mantém o certificado emitido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de erradicação da poliomielite.
De acordo com a OMS, entre os anos de 2011 e 2012, 16 países registraram casos da doença. A maioria é decorrente de importações do poliovirus selvagem de países endêmicos (Afeganistão, Nigéria e Paquistão) ou de países que restabeleceram a transmissão (Angola, Chade e República do Congo). No ano de 2013 (até 22 de maio), foram registrados 32 casos, sendo 8 no Paquistão, 22 na Nigéria e 2 no Afeganistão. Por isso, para evitar a reintrodução do vírus no Brasil, é fundamental a manutenção da vacinação.